quarta-feira, 20 de agosto de 2014

P.147 - Jornada de pacificação

Braga era desde tempos remotos referida pelo Bando com terra a desbravar. Mais concretamente o City Rio.
Na última A.G.- e devidamente registado em acta no livro de atas, aprovaram os presentes o desbravamento. Consultado o horóscopo na agenda-livro-telefone-máquina fotográfica e outras do Quim Silva, ficamos a saber que o dia ideal seria o 19, terça-feira.
Chateados porque o temporal que a dita coisa informava acontecer para 20, hoje, alterou os nossos gráficos e registos. Por isso, aqui o secretário-general está a registar em ata a pacificação debaixo de um tremendo sol de verão. Com uma tempestade de calor de 25 graus.
O dia Quarta-feira é o da sorte para o Bando. Assim o determinou o Presidente Jotex - olá Zé Ferreira, tiveste médico ? - há manga de chuvas.
Conforme se provou, terça-feira é dia de mau agoiro.
De qualquer forma chegamos a Campanhã, debaixo de uma neblina matinal à moda do Porto.
Os azares começavam, não fora o nosso querido Presidente lembrar-se que tínhamos de registar os bilhetes do comboio, já ele se avistava a entrar no Cais 1. Um salvador. A multa era (ou é) 100 vezes o preço do bilhete!!!!!!
A viagem correu sem incidentes de maior, ou quási, quase. O local da pacificação fica em Ferreiros-Braga, estação em que saímos do expresso. Esperamos o Súcio para ir cumprimentar o barbeiro da terra, o nosso ex-camarada Abílio Silva.
 Montar segurança, olhar as trincheiras e vamos reunir.
Para começar a definição da estratégia operacional. Uma prova de tinto verde caseiro da Póvoa do Lanhoso, ligeiramente fresco, uma delícia.
Prossegue-se com bolinhos de bacalhau, quentes a escaldar e uma salada mista. Boas azeitonas e broa, pão de milho tradicional.

Duas espécies de bacalhau. Quer dizer, a espécie é a mesma, a confecção é que difere. Uma é na Brasa com batata meio cozida-meio assada, migas de broa e couve desfiada cozida. E cebola crua, cortada em rodelas fininhas. E bom azeite.
Outra é a tradicional receita do Bacalhau à Narcisa, criado numa Tasca de Braga por uma senhora de nome Eusébia que passou a receita a uma nora, creio que era nora, de nome Narcisa. Não sabemos se o restaurante-tasca ainda existe, pois os nossos camaradas da Asae fecharam-no há dois ou três anos para que se fizessem obras. Este aparte para informar a história do prato, o qual refizeram com o nome de Bacalhau à Braga.
Tradicionalmente, era frito em azeite, com a caçarola totalmente coberta. Mais um ou outro segredo da Eusébia ou da Narcisa, para o caso tanto faz. Acompanha com batata frita em rodelas finas, muita cebola alourada, o resto são complementos para enfeitar.
A título de curiosidade, informa-se que quem atacar estes pratos no City Rio deve ter cuidado com a forma como o faz. No mínimo são precisos apenas três atacantes por dose.
Aqui está registada para a história os presentes. A saquinha (ou será saquinho ?) amarela (o) ao lado do Presidente contém o que sobrou dos bacalhaus. Para o lanche.
Terminada a reunião, fomos deambular para outros sectores.
O Presidente abusou da sorte e não ligou para a segurança.
Quási, quase, acertava num fosso camuflado.
Um saltinho até ao Sameiro


Uma gentil fotógrafa, que afinal não era francesa, dispôs-se a registar-nos para a posteridade.

  
Água também não falta nesta terra
Nem uma extensão telefónica
 E abelhas nos copos das loirinhas já vem sendo habitual. Agora calhou ao Presidente a companhia
Mais água para o Bando, salvo seja.
Outro salto agora até ao Bom Jesus, onde multidões se atropelam.
Melhor mesmo é fazer uma retirada estratégica. O Súcio deixou-nos na Avenida com nome de Bispo ou Papa, já nem nos lembramos e ficamos à espera de um TUB até à Estação.
Não sem antes termos apanhado um susto. Mas já lá vamos. 
Fizemos paragem a um TUB mas valeu-nos o condutor que disse ser melhor esperar pelo 2, pois o seu veículo ia fazer uma volta longa até lá chegar. Vem já aí o 2 que vou deixa na estação mais rapidamente, as suas palavras.
Ora o vem já aí demorou mais meia-hora. Tudo somado, quási 3 quartos de hora à espera de um transporte até à Estação. Coisa de 2 km. Quando o comboio partiu já o Súcio tinha chegado a Vila Real. 
Quem vem a Braga está bem servido, não há dúvida.
Mas o tal susto: o condutor que nos pediu para esperar pelo que vinha atrás, salvou-nos o lanche, que ficaria esquecido no banco da paragem se tivéssemos seguido.
Coisas que só quem é bandalho passa.

Como se pode provar, foram muitos os azares dessa terça-feira. E só arrancou um mini Bando. Ou por causa de doenças, consultas médicas, viagens de férias inesperadas, etc e tal. não deu para mais.
E ainda bem que não fomos ao Bom Jesus de camioneta como estava previsto. A esta hora ainda deveríamos estar à espera que passasse uma no City.

Podem correr e saltar, mas quarta-feira é que é o dia do Bando atacar. E a logística sem secretário-general não funcemina. E valha-nos o Súcio que de longe se põe perto. 


1 comentário:

  1. A preguiça morreu de sede à beira das águas do Sameiro e do Bom Jesus.
    Foi o que me aconteceu até decidir fazer este comentário, a preguiça. Mas, também foi para ver até que ponto não era o primeiro e único a fazê-lo, pelos vistos há mais preguiçosos.
    Voltemos ao que interessa: "Jornada de pacificação", mas alguém andou na "guerra"?
    A coisa até que nem correu muito mal se atendermos a que a multa, as multas, foram evitadas à última da hora, foi por pouco para inicio do combate. O bacalhau não ficou esquecido na paragem do autocarro graças ao motorista que nos fez esperar mais 30 minutos pelo próximo autocarro, mas obrigou-me a comer bacalhau durante... tempo de mais.
    Quanto ao resto, tudo a que o Bando e respectivos Bandalhos já não estejam habituados nestas incursões fora das quartas-feiras: estalada daqui, estalada dacolá, berro daqui, berro dacolá, opiniães deste e daqueloutro contraditórias, mais umas loirinhas pelo meio e no fim bate tudo certo e ala que se faz tarde.
    Um abraço e até ao próximo futuro, que é estar sempre presente nos acontecimentos.
    cumprim/jteix

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